quinta-feira, 2 de agosto de 2012

OPINIÃO - Sim, é possível (e necessário)

Por Ivan Pagliarani, diretor de Publicidade do Arena

“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Filipenses 3:14

Fazendo história: Sarah Menezes foi a primeira judoca brasileira a ganhar o ouro nas Olimpíadas
Se você gosta de esportes — nem que seja apenas para assistir — está empolgado com as Olimpíadas. Eu estou e acompanho quase tudo o que posso. O legal dos Jogos é que encontramos diversas histórias de superação, conquistas, glórias, todas muito inspiradoras. Nesta edição que acontece em Londres, por exemplo, duas me chamaram a atenção de maneira especial.

A primeira é a de Sarah Menezes, que entrou na história por ser a primeira judoca brasileira a conquistar um ouro olímpico. Nascida no Piauí, um dos estados mais pobres do País e sem nenhuma tradição no judô, ela sempre se esforçou para ser alguém no esporte, chegando inclusive a treinar escondida dos pais e com garotos, para melhorar o seu desempenho. Com apenas 18 anos, foi a Pequim disputar sua primeira Olimpíada e no primeiro combate foi eliminada. Nos jogos Pan-Americanos de 2011, já bicampeã mundial júnior, levou apenas o bronze sendo considerada uma das favoritas ao título. Nenhuma dessas adversidades, no entanto, a impediu de conquistar o ouro no sábado passado.

Pan de Guadalajara: favorita, Sarah perdeu e ficou com o bronze
Outro caso que me marcou foi o do nadador Michael Phelps. Considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, ele já quebrou 37 (!) recordes mundiais e conquistou o maior número de medalhas de ouro em uma única edição dos Jogos (foram oito medalhas em Pequim 2008). No mesmo ano, no auge do sucesso, foi flagrado por um fotógrafo fumando um bong, uma espécie de cachimbo de vidro, com maconha numa festinha de estudantes da Universidade da Carolina do Sul. Com a imagem arranhada e sem conseguir repetir os índices de outrora, Phelps chegou a Londres sem o status que já o acompanhou. Mesmo assim, o nadador americano se tornou o maior medalhista da história olímpica, com o impressionante número de 19 medalhas: 15 de ouro, duas de prata e mais duas de bronze.

Legal, Ivan, mas o que isso tem a ver com a Bíblia, com a minha vida espiritual? Vamos lá...

Penso que nós, como crentes, temos a missão de amadurecer cada vez mais espiritualmente, de modo que um dia nossas vidas sejam a maior prova de amor que damos a Deus. E amigo, isso é muito, muito difícil (Marcos 14:38 e Romanos 7:14 a 25). Você deve saber disso, pois todos nós temos nossos pontos fracos, defeitos que precisam ser superados e que nos impedem de ter uma comunhão plena com Deus.

Michael Phelps: fotografado usando maconha
Agora, porque é difícil, vamos desistir de alcançarmos esse alvo? Na Bíblia encontramos diversos casos de pessoas imperfeitas, pecadoras, mas que foram usadas por Deus e se tornaram verdadeiros exemplos de fé.

Voltando para os nossos exemplos olímpicos, será que quando a Sarah Menezes ficou apenas com o bronze no Pan-Americano do ano passado ela não temeu nunca conquistar um ouro olímpico? Afinal de contas, se ela não conseguiu ser a melhor do continente, por que seria a melhor do mundo?

E o Phelps? Atleta consagrado, detentor de diversas marcas que talvez jamais serão batidas. Poderia jogar tudo para o alto e curtir a vida, gozando o que suas conquistas podem lhe proporcionar. Mas não. Ele resolveu continuar treinando forte e, mesmo já em declínio, se tornou o maior medalhista olímpico de todos os tempos.

Agora, por fim, retornemos às nossas vidas espirituais. Vamos nos contentar em ser mornos? Viveremos de picos — ora estando fortes, ora fracos — ou vamos buscar o aperfeiçoamento espiritual (Efésios 14:12 a 16)? Como eu disse, o amadurecimento total de nossa fé é difícil, mas sim, é possível (Filipenses 4:13 e 19). Mais do que isso, é necessário!!! 

Londres 2012: Phelps se torna o maior atleta olímpico da história ao conquistar 19 medalhas

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